Tuesday, April 27, 2010


Om Namah Shivaya "Om, inclino-me perante Shiva"
"Om, inclino-me perante o meu divino Ser interior"
Meditação ióguica e o seu japa induz um profundo relaxamento físico e mental, além de possuir eventuais efeitos curativos.





Nam myoho rengue kyo

Nitiren Daishonin
Através da recitação deste mantra a nossa vida entra em ritmo com o universo e através dessa harmonia podemos estabelecer uma forte identidade que não será abalada por nenhuma dificuldade.
In a universe of infinite possibilities nothing occurs by chance...
Giving. Receiving. Acceptance. Letting go. Creation. Destruction of darknesses...
Shiva says to me... Letting go...

Sunday, April 25, 2010

Por esta janela
Eu respirei a liberdade de gritar estas palavras
e de poder sonhar com milhões de outras que ainda não conheço.

Darkpark

Monday, April 19, 2010

Pinto gota a gota...

Pinto o Mar em Mim... gota a gota... gesto a gesto... onda a onda...
Pinto o Mar em Mim...
"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota".
(Madre Teresa de Calcuta)

Sunday, April 18, 2010

Devagar... mas Eu existo.

Que desassossego...e sei que esta inquietação indica que para conquistar um espaço, preciso compor um personagem com todos os meus dons, os meus conhecimentos e as minhas experiências e expor-me.
Eu, existo!

O acto criativo exige uma renovação. Este Acto (agir) impõe algo que não existia. Portanto, oiço "lá de cima: Imponha-se!"
A vida surpreende-nos até a nós próprios. A adaptação ao ambiente é sempre complicada.
Neste preciso momento, a importância está em dar atenção, em primeiro lugar, para o meu próprio interesse, independente da aprovação ou não dos outros.
A opinião das pessoas não pode nortear o pré-lançamento da minha vida...
A crítica só pode vir, depois do espectáculo.
Está na hora de eu sair do anonimato.
Estive até agora a reprimir sempre muito os meus sentimentos. Porquê?
Estava a deixar de ser eu mesma. E as pessoas à minha volta estavam a ajudar-me a que eu me escondesse, e depois existe uma falta de incentivos e outras coisas... que eu não quero, pura e simplesmente...
Mas, o facto é que agora eu descobri-me e estou pronta para me assumir, da forma que for, e com o que vier a suceder com a minha vida. Não me interessa mais o que os outros vão falar... ou pensar... sugiro-lhes que escrevam... que se exercitem... mentalmente, de vez enquando. Por muito que custe.
De alguma forma, sinto-me em sintonia com o Universo. Oiço-o melhor, agora. Não sei porquê?
Encontrei, certas capacidades, que me fazem: "Única”, sem orgulho, ou presunção... não única no sentido caprichoso... única como é uma pétala diferente em cada flor de uma planta de um Amor Perfeito, e encontrei onde aplicar esses meus talentos.
Ou seja, o Universo está a dar-me a oportunidade de ser e fazer o que é suposto que eu seja e faça nesta vida.
Se assim for, o universo vai-me gratificar, imediatamente. E até começo já a obter algumas gratificações.
A sensação é de que o Universo está a compactuar comigo. Devagar... devagarinho.
Esta sintonia permite a Realização dos meus objetivos. E eu, devo e estou a tentar contribuir e a ser gratificada!
Encontro pessoas que se identificam muito comigo, e também situações que correspondem perfeitamente a tudo aquilo que eu estava a precisar para me expandir mais e aprender. Positivas e negativas. Assim vejo realmente o meu valor!
Estou a libertar-me de situações que utilizava como apoio, mas que já não satisfazem as minhas necessidades, e, ao contrário, até me impediam que eu percebesse a minha própria força.
Criarei uma nova base, ainda que seja meio frágil no início...
Devemos, todos nós, nesta vida, aprender a lidar com as nossas emoções, pode começar com o próprio corpo, mas depois que venha a mente... Ginástica, dança, movimento, podem ajudar-nos a renovar a nossa força de vontade. Escrever, ler, caminhar, Ser, Dar, Acreditar... estes últimos fazem parte da mente... Dar... Ser... Partilhar...
Não devemos parar nos problemas crónicos, não devemos acomodar-nos à infelicidade só porque é mais fácil...
Percebo que, Às Vezes, temos a sensação que não podemos mudar certas coisas, neste momento devemos avaliar e podemos realizar mudanças internas, mas não podemos mudar factores externos, como o tempo da natureza, e os outros.
E Às Vezes precisamos optar, se os outros não podem mudar, se queremos conviver com esses problemas ou não.
Só vivemos uma vez... e passa bem... bem rápido. Deus, a Energia, O Quer Que Seja... não brinca... avisa, ajuda, mostra, tenta... mas não brinca e continua... e quem seguiu... seguiu... quem não seguiu... ficou para trás.
É simples.

Friday, April 16, 2010

Dois Corpos

Durante horas penso no que fazer, no que devo falar, ou não falar... perguntar-te... perceber o que sentes... porque eu sinto...
Admito que é muito facil ficar a imaginar mil e uma perguntas e deduzir duzentas mil e três respostas, mas também eu não sei o que fazer agora... quando uma situação que eu não criei - aconteceu.
Eu não me preparei para tudo.
As mudanças são inevitáveis na nossa vida. Implacáveis e implaneáveis.
As mudanças acontecem perante nós. Livres da nossa escolha em termos de conveniência. Elas apenas acontecem e nós só temos que as acompanhar e lidar com a vida que se altera à nossa frente, neste momento, agora.
As mudanças doem. Doem de várias formas. Doem por dentro como uma cobra larga e longa que nos aperta as entranhas, o peito, a alma e quase nos sufoca.
Doem por fora, quando o corpo sofre as consequências deste sofrimento intrínseco... quando temos medo... quando não sabemos o que estamos sequer a sentir... quando tudo é uma grande confusão... porque a cada minuto a nossa alma tem mais e mais defesas contra tudo e contra todos e não deixa... não quer deixar...
Consigo improvisar qualquer cena, menos aquelas... é sempre assim...
Eu acostumei-me com a dor de não ter, mas não sei viver sem ter. Sei o que quero, e posso não saber tudo, nem como, mas sei que ninguém sabe... não existem receitas...
Mas estou num ponto da minha vida em que sinto não ter necessidade de recalcar ou embutir coisas para dentro de mim que não servirão de nada senão as partilhar.
Também sei que por vezes ocorrem mal entendidos, no entanto, sempre entendemos alguma coisa, porque até a não comunicação, é comunicação, é impossível não comunicar, e blás há muitos…
Continuando…
Eu não quero viver de fantasias, quero viver de realidades fantásticas, custe o que custar e ouvir o meu Ser, mas ouvi-lo realmente, não adultera-lo e não quero entrar em ondas vazias, nem caminhar por trilhos escuros de olhos vendados...
Não…porque nesta Viagem as pessoas não são todas assim: eu, pelo menos, não sou assim… este tipo de vivências acabam com a nossa capacidade de partilha e de paz e em mim não encaixam… Por mais que lute e vou continuar a lutar por fazer o trabalho que amo, teatro, trabalho com e para os outros, inventar, instalar, pintar, escrever, produzir, actuar, brincar… dar, e sei lá o que a vida me vai ensinar mais ainda... também não vou deixar de acreditar que é possível amar.
Quando digo amar, não o digo no sentido romântico, ingénuo, fantasioso… NÃO!
Nada disso… sei que é possível encontrar alguém que realmente me ame pelo que sou, genuinamente e que também mantenha os seus objectivos e sonhos activos.
Que se saiba vincular, valorizar, cuidar, dando sempre qualquer coisa, ora mais hoje ou menos amanhã, mas que dê, que saiba cuidar de verdade.
O Amor é sempre uma surpresa e algo exclusivo e isso é bom.
Em contrapartida, sei que há muita gente por aí sozinha e que prefere esse caminho – o não afectivo, mas também sei que existem pessoas que querem amar pura e simplesmente, sem armadilhas…Quando se quer, constrói-se sem pensar muito, mal hoje, melhor amanhã, devagar, como for… mas faz-se, dá-se a entender ao outro que ele é querido e desejado por actos, por mais difícil que isso possa ser… não é?
Porque quando tal “diálogo” acontece e duas pessoas percebem, vem a dúvida... até porque não está disposto na lei da vida que duas pessoas se saibam amar. O normal é as duas não saberem.
Alguns construíram esta muralha e pularam para o outro lado. Este outro lado está vazio, sem caminhos, está deserto, cheio de perdidos e não achados e quanto mais caminhamos por esse lado mais longe estamos do muro e corremos o risco de esquecer o caminho de volta e ganhamos medo em tentar voltar para trás. Isto porque durante este caminho não existiu “alegria afectiva” e sim desilusões, rejeições e vazios e por isso temos medo de voltar… Mas em frente não há nada… bom…há sim! Há mais disso… apenas…
Eu não quero destruturar-me e perder a fé nos outros, e perder a fé no amor que um homem pode sentir por uma mulher e vice-versa. Não quero e não o vou fazer. Se saltei ou cai do muro, eu ainda estou agarrada a ele, ainda lhe consigo tocar… Continuo segura ao muro... e se num passado recente me senti magoada e com dores não são elas nem ninguém que me fará largar este meu muro, para depois caminhar sozinha e sem rumo afectivo?... Não! Não, vou andar em frente, basta-me subir e pular outra vez, ou na subida encontrar uma mão que me puxe com a força necessária e justa. A Tua Mão...
Sempre disse o que me vai na alma, sempre…
Eu não sou esta ou aquela e existem por aí muitas... muitas pessoas, mas eu não sou essa e a outra, e por isso é mais digno, para mim falar… sempre o foi...
Sim, sou já uma mulher com 32 anos e não apenas… nada se resume a isto… e não quero viver a minha vida aos tombos ou em balelas vazias. Sou adulta e quero encontrar alguém adulto também.
Todos temos medo… é a consciência de um adulto cada vez mais adulto…
Mas há medos que não têm sentido e que uma pessoa, há medida que envelhece começa a acreditar neles de verdade e depois “adoece” e conspurca o que sentiu de bom… completamente.
Expectativas... não obrigada!
Prefiro mil vezes saber que estás, de alguma forma, do que não estás...
E os Dois Corpos Entrelaçados...
Mas também me pergunto... duzentas mil e três coisas e apenas me respondo a mil e uma...

O instinto perdido em nós...

O encontro... ...amoroso...
É uma das formas mais antigas de dar sentido à vida.
Está cheio de ambiguidades, é fogo que arde sem se ver, é ferida que doi e não se sente...
São imensos os desafios que enfrentamos nesta Viagem e são poucos os que resistem a estas batalhas intuitivas, que nos suspiram palavras, e nos contradizem sussurros... ao ouvido... constantemente.
O amor é uma capacidade que se desenvolveu com o ser humano, desde que ele existe e sendo assim, e porque os homens e as mulheres não mudaram em essência, apesar de tantos desencontros, todos procuramos viver a maravilha do que é estarmos apaixonados e, com o tempo, transformar esse sentimento em amor. O instinto do Gostar é algo que não se escreve... não sei com que palavras o poderei fazer...

Captar o significado do amor requer apenas ter um coração aberto o suficiente para sentir os seus desejos sem barreiras, obedecendo apenas e totalmente à sua paixão interior e que fala baixinho, sem nomes, nem rótulos.
Não devemos ultrapassar certas regras que dizem respeito à traição, ciúme, vingança, comparação, rancor, hábito, idade, medo, e sobrepôr esses sentimentos gastos a algo que irá conter tudo isso e mais um pouco... com o tempo e paz e vida.
O amor não tem rosto não tem forma, o amor pode ser fugidio...
O amor é também muito misterioso... e isso assusta... mas esse mistério, é vital para os corpos e amedronta a nossa capacidade de pensar o que de repente também nos fascina... porque tudo depende da forma como nos colocamos em "palco"... depende da forma de como "usamos os binóculos"... temos todos em nós, a capacidade de entrar em erupçção com um vulcão na Terra, em tremer como um sismo, em girar como um tornado numa tempestade e tudo isto, numa fracção de segundos.
O Ser Humano é apenas, um filho da Terra.
O amor foi feito pra ser doado e não guardado.

Sunday, April 11, 2010

Era uma vez o Amor...

Há muitos, muitos anos, Todos os Sentimentos e Qualidades dos homens reuniram-se, na Terra.


O ABORRECIMENTO reclamava, pela terceira vez: Estou farto! Estou Farto!
E a LOUCURA, como sempre tão louca, propos a todos: Vamos brincar às escondidas?
A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE, sem se conter, perguntou: Escondidas? Como é essa brincadeira?
A LOUCURA respondeu : É um jogo, e eu fecho os olhos e começo a contar de 1 a 1, até 1 milhão, enquanto vocês se escondem, e quando eu terminar de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar o jogo, o último será o vencedor!
O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA.
A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou convencendo a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada de nada.

Mas nem todos quiseram participar.

A VERDADE preferiu não se esconder, pensou: Para quê? Se no fim, todos me encontram?
A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto (lá no fundo, o que a incomodava era a ideia não ter sido dela) e a COVARDIA preferiu não arriscar e disse: Ai!! Eu não posso, não posso arriscar? E depois?

- 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7... - começou a contar a LOUCURA.

A PRESSA, foi a primeira a esconder-se, que como sempre caiu atrás da primeira pedra que encontrou no caminho.
A subiu ao céu e a INVEJA escondeu-se atrás da sombra do TRIUNFO, que com seu próprio esforço, tinha conseguido subir ao cimo de uma árvore muito alta.
A GENEROSIDADE quase não se conseguia esconder, pois cada local que encontrava parecia-lhe maravilhoso para algum de seus amigos:
-Se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA;
-Se era o topo de uma árvore, então era perfeito para a TIMIDEZ;
-Se era o voo de uma borboleta, era melhor para a VOLÚPIA (prazer);
- Se era uma rajada de vento, seria magnífico para a LIBERDADE.
E assim, depois de tanto dar, escondeu-se num raio de sol.

O EGOÍSMO, pelo contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cómodo, mas apenas e só, para ele.
A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano, mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris.
A PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões.
O ESQUECIMENTO, esqueceu-se e não se lembra onde se escondeu.
Quando a LOUCURA estava no número 999.999, ainda faltava um sentimento...

O AMOR, ele ainda não tinha encontrado um sítio para se esconder, já estavam todos ocupados, e procurava, procurava, procurava, sozinho e sozinho... até que encontrou um roseiral e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre suas flores.

- Um milhão!! Gritou a LOUCURA, e começou a sua busca.

A primeira a aparecer foi a PRESSA, porque estava apenas a três passos de uma pedra.
Depois, escutou-se a discutindo com Deus no céu sobre zoologia.
Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões.
O descuido da INVEJA, revelou-a, e claro, a LOUCURA deduziu onde estava o TRIUNFO.
O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu disparado de seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas.
De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede, e ao aproximar-se de um lago descobriu a BELEZA.
A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois encontrou-a sentada, em cima de um muro, sem conseguir decidir de que lado devia esconder-se.

E assim foi encontrando todos.

O TALENTO entre a erva fresca e a ANGÚSTIA estava numa cova escura.
A MENTIRA estava atrás do arco-íris, ops, não! Mentira, estava no fundo do oceano...
E até o ESQUECIMENTO, a LOUCURA encontrou, mas ele já se tinha esquecido que estava a brincar às escondidas... enfim...

Apenas o AMOR não aparecia em lado nenhum...
A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rocha do Planeta, em cima de todas as montanhas, nos lagos, nos mares, rios, jardins, por todos os lados...

Quando estava quase a desistir, encontrou um roseiral, por ali perdido.
Pegou uma forquilha, para conseguir passar por ele, e começou a mover os ramos, quando no mesmo instante, se ouviu um doloroso grito: AIIII!
Os espinhos tinham ferido os olhos do AMOR.
A LOUCURA não sabia o que fazer, ficou tão triste e chorou, chorou, chorou, rezou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser seu guia. O AMOR amáva-a, de igual forma.

Desde então, e desde a 1ªvez que se brincou às escondidas, no Planeta Terra:
AMOR é cego e a LOUCURA acompanha-o, sempre!

Friday, April 09, 2010

Um Tributo a Jacob Levy Moreno

...e quando me tiveres encontrado, eu arrancarei os teus olhos e os colocarei no lugar do meus, e tu arrancarás os meus olhos e os colocarás no lugar dos teus. Assim, eu passarei a ver com os teus olhos, e tu a ver-me, com os meus.
JACOB LEVY MORENO 1889-1974
Pai do Psicodrama , da Sociometria e da Psicoterapia de Grupo
Foi Jacob que "formalizou" a ideia de espontaneidade.
A espontaneidade, a criatividade e a sensibilidade são recursos inatos do homem. Desde o início o ser humano traz consigo factores favoráveis ao desenvolvimento desta capacidade, porém estes factores podem ser perturbados por ambientes ou sistemas sociais constrangedores.
Moreno, não considerava o nascimento como um evento angustiante e traumático, e concebia o rebento humano como um agente participante desde o primeiro momento em que ele aparece perante os outros, tendo até começado a sua participação antes de se "estrear" ao Mundo. O factor "E" ou Espontaneidade é a capacidade de responder adequadamente a uma situação, e é utilizada pela primeira vez logo no nascimento.
O Homem nasce espontâneo e deixa de o ser devido a factores adversos tanto do ambiente afectivo-emocional (matriz de identidade e átomo social), quanto do ambiente social em que a família se insere (rede sociométrica e social).
Para que tenhamos o prazer em nos sentirmos vivos é preciso que nos reconheçamos como agentes de nosso próprio destino. A espontaneidade é a capacidade de agir de modo "adequado" diante de situações novas, procurando transformar seus aspectos insatisfatórios em positivos ou construtivos.

Para promover mudanças no ambiente, pensamos e agimos em função de relações afectivas, mesmo que não o façamos conscientemente.
A possibilidade de modificar uma dada situação implica criar, e a criatividade é indissociável da espontaneidade (esta permite que o potencial criativo de actualize e se manifeste).

Jacob desde pequeno que era genial, aos 4 anos organizou uma brincadeira com algumas crianças, na cave da casa dele e a sua mirambulante ideia foi a de empilharem cadeiras em cima de uma mesa até ao tecto e depois "brincar de Ser Deus" : - os amigos dele faziam o papel de anjos e incentivavam Moreno para que ele voasse!
Acção dramática assumida pelo pequeno actor embalado no sonho de que era Deus... o resultado foi o braço esquerdo partido e essa experiência psicodramática é sentida por ele (ah pois.. ihihih...) como aquilo que o impulsionou a criar um tal método chamado, Psicodrama.
Era, no meu ponto de vista, um extravagante, bondoso, surpreendente e... um génio - louco, confundia-se na rua com o actor - cidadão, na adolescência teve aulas com Freud, discordava dele sabendo discordar, pensava por ele próprio, sem medo! E debatia-se, era também adepto fervoroso de Filosofia, era uma Criatura só a si mesma comparada e que aos outros e dos outros se entendia e através de si se entendiam e assim se fez o Era Uma Vez... não sei se me fiz entender...sei lá.. e todos os "pois" e "pois" e "ses" e "ses" eram para ele ilusões que transformava em realidades .... era o Aqui e Agora!

Faço este pequeno Tributo a Jacob Levy Moreno, um senhor em que o olhar significa: Ver!

Tuesday, April 06, 2010

Nada É Por Acaso

A vida tem leis perfeitas que determinam o equilíbrio do universo.

Ela criou o homem com destino à felicidade, mas determinou que esta conquista fosse feita com esforço próprio, e com a finalidade de que o homem valorizasse as suas victórias.
Tudo na vida depende do modo como olhamos para as coisas. Todas as situações têm vários lados. São as nossas crenças, aquilo em que acreditamos, que vão determinar como vamos lidar com as situações que nos surgem pela frente... inusitadamente.
Agora, as leis cósmicas são perfeitas e vão agir com a verdade, independentemente das ilusões, dos auto-enganos, dos comodismos, das falsas-verdades, etc.
A vida nunca pune. Ela ensina, mas à sua maneira. E sinaliza de diversas formas, tenta advertir as pessoas provocando situações nas quais elas podem perceber a verdade, no entanto, para os resistentes, que se acomodam e não querem mudar, ela permite que colham os resultados dos seus enganos para que aprendam o que já está maduro para ser compreendido.
Conhecer e aplicar as leis cósmicas significa caminhar pela e com a inteligência e sofrer menos. Quem percebe os primeiros avisos da vida, rectifica o seu caminho e vive melhor.
As leis universais são sábias, perfeitas. Visam o equilíbrio do universo e o progresso do Homem. Agem com amor e sabedoria.
Observando a vida, a vida fala connosco, por sinais e aprende-se experimentando.
É preciso estar atento.
Um acidente, um facto desagradável, pode ser uma advertência.
Uma desilusão é a visita da verdade tentando restabelecer o equilíbrio.
É valorizar a falta do que precisamos, em vez de agradecer o que já temos e que não nos preenche.
É viver relacionando o que falta.
Não aceitar uma passividade, quando dentro de nós acreditamos que merecemos coisas melhores ou que somos capazes de progredir.
A pobreza tem vários aspectos e age em cada um de acordo com suas necessidades.
No espírito, no corpo, na mente...
Para os acomodados, os agressivos, os manipuladores, os presunçosos, os que se julgam, ou e até os que acreditam que ser "pobre" é ganhar o céu, a vida vai apertando o cerco, tornando a situação cada vez mais difícil, para provocar uma reação que as obrigue a rever suas crenças e procurar novos caminhos.
É preciso olhar além do que parece.
Há pessoas instruídas, com boa escolaridade, que não conseguem sequer sustentar-se, por exemplo, enquanto que outros, sem nada disso, têm uma vida bem melhor.
Claro que a instrução é importante, mas não é tudo. O mais importante é saber aproveitar as oportunidades.
Se observares a vida de uma pessoa que obteve sucesso em todos os aspectos perceberás que ela nunca perdeu uma boa oportunidade. A Oportunidade é uma dádiva...aquele que nunca teve medo de ousar, de mudar, de procurar aprender mais... porque só vivemos 1 vez... bem... pelo menos, 1 vez, de cada vez!

Thursday, April 01, 2010

O Maior Risco da Vida

Erguer um muro à volta do coração, não nos protege de nada – apenas afasta as pessoas.
Gosto realmente de acreditar no Encontro, no Juntos para sempre enquanto o é.
Mas que seja algo de verdade. Algo precioso e não rasca que vai para o lixo emocional e que vai ganhando cada vez mais espaço à medida que o enchemos.
....Às vezes deitamos fora coisas preciosas… mas elas continuam a ser preciosas…
Para mim é muito importante actuar na vida, como estou a fazer agora, porque ao fim ao cabo sempre o fiz e seria insuportável para mim que fosse o silêncio imaturo que tomasse lugar, lugar ao quer que seja.
Não existem regras para nada, nem para o que faz ou não faz sentido, para ti, ou para mim.
Nada é de uma hora para a outra… as regras dizem que: não devemos beijar na primeira noite, não devemos ter intimidade, não devemos beber vinho no primeiro encontro, não devemos isto, não devemos aquilo, não devemos Nada, etc. E isso são regras mesquinhas e isso eu sei bem, servem para nos martirizar, para nos culpabilizar, para nos encherem de preconceitos ... "encham esse saco e deitem fora à vontade"...
O que tem valor é a pessoa… é assim…ou não é?
Ninguém tem ninguém, logo ninguém perde ninguém. Mas perdemos, sabem o quê? Nós próprios, a nossa verdade, a nossa essência. Se não agirmos para nós, mesmo cheios de medo e de vontade e de tudo e de nada...
Não posso deixar que a mágoa arrefeça o meu coração, nem que me desmobilize da forma genuína como tenho vivido.
Não vou deixar que os meus erros me tolhem os passos. Toda a gente erra e muito, durante a Vida. Aliás a Vida só é satisfatória se errarmos e aproveitarmos essas oportunidades para crescermos e avançarmos. Os erros tornam-me mais forte e avisada. E a forma como os vou gerir e aproveitar é que determinará a minha felicidade.
Eu por fora e por dentro, sentida pelas coisas que quero fazer, que quero conhecer, visitar, entender, do meu simples estar, do meu simples não-estar. Porque: Chega de "vampiros" à minha volta!

Porque que é que eu tenho deixado isto ter-me vindo a acontecer? Porque será que não me gosto? Deixei-me ser usada e acreditava que eu própria gostava desse não-gostar, desse não-querer, desse não-saber, e neste auto-engano, que coisa terrível, ainda recebia essas "migalhas" e esse mesquinho desprezo, uma presunção assustadora e negligências absurdas e sem sentido... tudo o que estive a viver recentemente foi, enfim... aterrador. E fiquei eu também sem saber de mim...
Eu sou já uma mulher e não uma adolescente carente. Sinto-me carente e sei que sempre nos sentiremos carentes acompanhados ou não, em muitos momentos das nossas vidas, mas, eu – já sou uma Mulher e sinto-me inteira, e penso como uma mulher e quero como uma mulher, logo quero ser tratada como tal, não o contrário, e nunca assim, aos tombos e pontapés, sem qualquer pudor – não pode ser. Também, admito que deixei isso acontecer... Mas eu, não o fiz, e isso conta, e muito!
Mas ao darmos sozinhos chegamos a um ponto em que terminam as nossas dádivas, obviamente, e depois voltei a ficar vazia, sem vontade e a olhar para algo que deixou de ser interessante.... e finalmente.
Preciso estar mais disponível para mim, dar-me tempo e perceber, para depois saber ver quem tenho à frente, quem gosta realmente de mim, de quem eu gosto, e isto a muitos níveis e com paz.
É que hoje em dia, falamos muito e amamos pouco.

Para mim, o maior risco da vida é não fazer nada.
Continuarei a viver e a errar em tanta coisa, concerteza e a aproveitar cada oportunidade, para me reforçar e crescer.
Viverei e amarei profundamente. Generosa e plenamente, como tenho feito até agora.

Mas não assim, não daquela forma, ainda que possa não conhecer outra... ou será que apenas está adormecido em mim esse saber...
Talvez, seja isso. Simplesmente.