Tuesday, December 01, 2009

Tanto é flor na Hora certa, como presente fora de Hora

"Pois é". Quando tal diálogo acontece e duas pessoas percebem, vem a dúvida... Não está disposto na lei
da vida que duas pessoas se saibam amar. O normal é as duas não saberem.
Quanta gente prefere viver com alguêm que "sabe" amar, mesmo que não o ame.
Mas o Universo, a Energia, sabe mais do que nós...
Tanto é flor na hora certa, como presente fora de hora... é...
A coisa só tem sentido quando é sentida. O amor é especulativo, como são estas palavras. Demorei para entender que querer amar não é o mesmo que amar.
Quando aquela pessoa chega, não a desejas porque apreciam as mesmas coisas, simplesmente a desejas.
Querer estar acompanhado não é o mesmo que ter alguém efectivamente a seu lado.
Porque só te acompanha de verdade quem realmente toca a tua alma e não uma versão de prateleira vitaminada. Pode vir sem nutrientes, fazer tonturas e muitas dores e cais em overdose...
A nossa melhor companhia ainda somos nós mesmos porque definitivamente não é fácil encontrar quem caiba no banco do lado desta viagem.

Friday, November 20, 2009

Nem Sempre

(...)
Nem sempre sou igual no que digo ou

(escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
(...)
Fernando Pessoa

DIVIDIDA

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Fernando Pessoa

Wednesday, September 16, 2009

O CISCO E A ESPIRAL DO CONHECIMENTO




O Cisco e a Espiral do Conhecimento da Companhia de Teatro Piupardos arrancou no fantástico Teatro Campo Alegre, no Porto, em 2009!
Estivemos por lá todas as manhãs e tardes de 2 a 6 de Novembro. Com um público fantástico e uma recepção calorosa!


Obrigada!Parabéns também à nossa incansável encenadora Sónia Aragão!

2009 / 2010/ 2011 pelos Teatros de Portugal

O CISCO E A ESPIRAL DO CONHECIMENTO

AUTORIA E ENCENAÇÃO DE: SÓNIA ARAGÃO
COM ANA LÁZARO, DAVID MESQUITA E PATRÍCIA CAEIRO
"...SERÁ QUE TODAS AS REALIDADES EXISTEM SIMULTANEAMENTE ?..."
SinopseO espectáculo começa numa noite de chuva. Francisco, um adolescente amante do skate e de rap, tenta passar o nível de um jogo. Uma partícula de luz, gerada por um relâmpago, entra no quarto de Francisco e transporta-o para um universo paralelo.
Nesta nova realidade, entre o explodir de trovões e o uivo do vento, Francisco, que tem um braço e uma perna engessados fruto de uma queda de skate, descobre este ponto de luz, que se move criando formas geométricas. O medo tolhe-lhe a razão e os movimentos ainda mais que o gesso. Mas à medida que esta partícula luminosa, este cisco de energia comunica com o Francisco através da matemática, animando a sua vida. Francisco, juntamente com a sua irmã e o computador, amigo inseparável nesta aventura, tenta decifrar enigmas, faz perguntas, pesquisa, dá respostas, coloca hipóteses, raciocina... e entra nesta grande aventura da descoberta de quem somos.
Oscilando entre a ficção científica, a comédia e a matemática, o espectáculo desenvolve-se ao ritmo do rap, numa atmosfera juvenil e envolvente.
A Companhia de Teatro Piupardos, com o patrocínio do Optimus Kanguru e-escola e da Porto Editora, espera abrir um caminho para a imaginação dos espectadores e ser um veículo para o prazer de aprender.

Saturday, May 30, 2009

Teatro Reflexo_ A MOTA_ TEN_TART


APRESENTA :

A MOTA
Em cena dias 11 e 12 de setembro de 2009
Sexta e Sábado
21h30
Teatro Reflexo, em Sintra.

TEN_TART
Grupo de Teatro e Animação

Tuesday, April 14, 2009

Não me parecia Ultrapassável

Não digas nada, acredita só que cheguei faz pouco tempo.
Deixa-me falar-te de tudo o que sei. Passou tanto tempo, ouve-me só e acresecenta um sorriso a esta solicitude branca. Eu não falo muito como vês, nunca falei muito, porque achava inútil. Sabes vou vivendo... e puff...
A confusão não me parecia ultrapassável. Tudo se tornou, ou pelo menos tornar-se-á, o pânico existente, que não nos eleva e tão pouco aclara o que para nós é obscuro. E no entanto, tudo o resto permanece em movimento, fluindo com invariável vigor. Resta-me porém estar atenta. Admito esforçar-me o bastante para conceder à minha vida um caminho necessário e transparente. Apesar de tudo, acabo por não ter só um. Acabo por ter vários. Mas todos me levam invariavelmente ao mesmo destino, que eu, desde cedo, conheço, mesmo sem previamente o saber.
Sinceramente o dramalhão, não faz parte dos meus desígnios, embora eu o queira parecer. Eu soube sempre quem devia amar, o que devia amar e porque devia amar. Só não sabia como.
Assim desconfio que apesar de tudo, o que me vier a suceder no futuro será o resultado de eu querer o que quero, mesmo que não aprecie o que me suceda, mas pela mera circunstância de querer. Porque todos queremos. Não importa o quê.
Não há imagem mais deprimente do que contar o tempo para trás e actuar-lhe um espessissímo fio condutor que nos possa explicar razoavelmente esse inconstante. Nunca convém ser muito explicável, se calhar nem definivel. Durante tempos, vivi em absoluto abcecada com a idéia de me definir rigorosamente. Depois cheguei à feliz conclusão de que isso não era importante. Não era nada importante. A expontaneadade perdia-se inteira em absurdas ruminações. Nunca somos uma só coisa. Que se deve ser uma desordenada colecção de experiências felizes ou infelizes, prováveis ou improváveis, é uma evidência simples que até nem trás muito de novo, e que a vida é um risco, é um pólido lugar comum que não surpreende nem atemoriza, todos nós o sabemos.
Recordo-me, quando me aproximáva, tão apressadamente, dos trinta anos, que concebia essa época como um futuro longinquo e não pensei sequer que ela viesse. Mas queria e muito que ela chegasse. Pergunto-me hoje, se tal desejo, não acertou no longiquo e errou no admirável. Pergunto-me hoje se quero. Às Vezes. Outras vezes expremo-me de entusiasmo por saber que foi cruzada a fronteira. O delirio oxcilante é um pouco patético. No fundo só se trata de uma vago acréscimo de... idade.
Quando se lê, sem uma indespensável moderação, corre-se o risco que "aquele" mundo passe a ser o nosso "único" mundo. Depois, com excesso de sabedoria a nossa liberdade simplifica-se e acabamos por perdê-la. O terreno que se pisa, foge-nos movediço. O que há para ler, não é lido. O que é lido, é mal lido. O que foi lido, espera ser lido outra vez. Nesta correria, o mundo observa-nos com a sua infinita paciência que oscila com batidas cardíacas aceleradas e constipadas que, por vezes, tomamos por escárnio.
Quanto ao meu presente, concluo que o amo, ainda que por vezes o veja enegrecido, até porque vistas bem as coisas nunca o senti assim. Ou senti pouco. Era meu costume cansar-me dele por razões de mimo, esquecendo-me que antes o desejára quando este mais não era que uma segura promessa do tempo. No passado cabia o desdém, no presente um inexplicável langor, no futuro uma espantosa cobiça.
E agora, às vezes, serão as únicas palavras que sei que sei...
O às vezes é mais certo que o correcto.

http://www.youtube.com/watch?v=oqSulR9Fymg&feature=related

Wednesday, March 11, 2009

Princípio de Peter

Já pensaram como todo um bando de idiotas consegue dirigir os seus escritórios, fábricas ou lojas? Eles, como todos sabemos, não conseguem sequer organizar uma bebedeira numa cervejaria, mas o que não sabemos é como conseguiram chegar até lá acima. A resposta é-nos dada em

PRINCÍPIO DE PETER

"Neste interessante livro, os autores explicam que as pessoas tendem a ser promovidas até atingirem um posto que não conseguem ocupar competentemente. E, nessa altura, é demasiado tarde para os tirar de lá. Existe um toque arrepiante de verdade por trás de tudo isto."
Daily Mirror

Nota: só para partilhar isto mesmo!!!

Monday, March 02, 2009

Provérbio Chinês

O amor por uma pessoa deve incluir os corvos do seu telhado.

Olhei Para a Realidade Com Grande Surpresa Tua...

Preciso estar atenta.
Parece querer falar de novo, já se endireitou na cadeira e fixou os olhos na parede da frente, um dos medos afinal tem razão de ser, agora quer falar a teu respeito...
Sem quase dar por isso falava em medos.
Afinal tão parecidos com os meus.
Imaginava.
Não fui capaz de falar, o pensamento fugia-me noutra direcção... que já estava tudo decidido dentro de ti... qual ilusão essa da decisão... errática e bem feita que ela é!
Nesse dia caminhaste sem pressa ao longo do mar, apanhavas conchas e pedras para logo as deitar fora, a certa altura estavas a olhar as gaivotas, depois deixei de te ver.
O nevoeiro tinha chegado, e a custo voltei a distinguir-te ao longe. Com cuidado atravessavas as rochas cobertas até ao fim... da praia.
Com a neblina à volta não vias nada e podes ter a certeza que te amei... inteiro... só mais tarde a minha cabeça se distanciou.
Tiveste uma reacção demasiado calma. E hoje foi no meu corpo que morreste. Já não temos ocasião para a conversa que ambicionaste ou pelo contrário, talvez tenhamos todo o tempo da vida à nossa frente. Podes não dizer tudo o que queres ouvir. Porque nem sabes o que tinhas ludibriado em enganos e pouca atenção.
Decerto esperavas um comentário, mas não suporto a cobardia.
Em letra de imprensa olhei para a realidade com grande surpresa tua e isso magoou-me.
A liberdade não pode identificar-se com a bondade, a verdade ou a perfeição, é por natureza autónoma. Qualquer identificação ou confusão de liberdade com bondade e perfeição implica a negação da liberdade e o fortalecimento dos métodos de compulsão... a própria liberdade é semelhante ao paradoxo... quem não abdica da liberdade vive muito... muito preso.
 
Nota: Foto By Clark Little

Tuesday, February 03, 2009

LISTEN TO ME II PPLX- REPOSIÇÃO


LISTEN TO ME II / AUDITÓRIO CARLOS PAREDES / BENFICA
DIAS 18 19 20 E 21

Pequeno Palco de Lisboa
Peça encenada por Rui Luí Brás, Promessa de fazer Rir a.... Pensar! Com música de Pedro Bargado!

Sunday, February 01, 2009

Porque Acho que é Importante: Capítulo III_ Stanislaski

A Construção da Personagem

Constantin Stanislaski

Capítulo III Personagens e Tipos

I
(...) Há actores (...) que não sentem necessidade de preparar caracterizações ou de se transformarem noutros personagens, porque adaptam todos os papéis a seu encanto pessoal. Edificam o seu êxito exclusivamente sobre essa qualidade. Sem ela ficam desamparados do que Sansão depois que lhe tosquiaram as madeixas. "Há uma grande diferença entre procurar e escolher em nós mesmos emoções que se relacionem com um papel e alterar esse papel para que sirva aos nossos recursos mais fáceis. "Qualquer coisa que se possa interpor entre a sua própria individualidade humana, inata, e o público, parece alarmar tais actores. "Se a sua beleza física afecta os espectadores, eles exibem-na com alarde. Se o encanto está em seus olhos, seu rosto, sua voz, seus maneirismos, eles dirigem-nos como um foco de luz sobre a platéia, como fez voçê, Sônia. "Para que nos transformarmos noutra personagem quando ela nos torna menos atraentes do que na vida real? O caso é que voçê de facto gosta mais de voçê no papel do que do papel em voçê. Isso é um erro. Voçê tem capacidades. É capaz de mostrar não só voçê mesma, como também um papel criado por por voçê.
"Há muitos actores que crêem e confiam no próprio encanto e é isso que mostram ao público. Por exemplo, Dacha e Nicolau. Eles pensam que o encanto está na profundidade dos seus sentimentos e na intensidade nervosa com que os experimentam. E nessa base interpretam cada papel, aprimorando-o com os seus próprios atributos naturais mais fortes.
"Enquanto que voçê, Sônia, está apaixonada pelos seus próprios atributos externos, os outros, os outros dois não são indiferentes às qualidades interiores que têm...mas apenas isso?
(...)"Há entretanto, actores de outro tipo. Não presisam olhar à volta. Ainda não tiveram tempo de se transformar nesse tipo. Esses actores prendem o público com os seus modos originais, sua variedade especial e finalmente elaborada em clichês histriônicos sem autenticidade. Seu único objectivo é pisarem o palco e exibi-los aos espectadores. Por que iriam ter o trabalho de se transformar noutras personagens quando isso não lhes daria a oportunidade de mostrar o seu forte?
"Uma terceira categoria são os actores falsos, são os bons em técnica e clichés mas que não desenvolveram por si mesmos, contentaram-se em tirá-los de outros actores de outras épocas e países. Essas caracterizações baseiam-se num ritual convenssionalismo. Eles sabem como cada papel de um repertório mundial deve ser feito. Para eles, os papéis já estão permanentemente recortados segundo um cliché aceite.
(...)o ser humano que voçê é, é muito mais interessante e talentoso que o actor. Deixe-nos vê-lo, porque o actor Govórkov é uma pessoa que já vimos em todos os teatros.
(...)

Friday, January 23, 2009

Mais Um Tributo a Fernando Pessoa


"A poesia é o real absoluto" Novalis



"Tudo o que vemos é outra coisa." Fernando Pessoa

( O menino só) CAEIRO: quer dizer homem que faz a cal e a transporta. A cal, que serve para a construção, e que é a última coisa a cobrir os seres humanos quando à terra descem.

Álvaro de Campos geme: Baste, sim baste! Sou eu mesmo, o trocado, / O emissário sem carta nem credênciais, / O palhaço sem riso, o bobo com o grande fato de outro...

Basta que a vida seja só a vida. E que eu a viva. Ricardo Reis

Todo começo é involuntário.

A única maneira de teres sensações novas é construíres-te uma alma nova. Baldado esforço o teu se queres sentir outras coisas sem sentires de outra maneira, e sentires-te de outra maneira sem mudares de alma.

...............

Mudar de alma como? Descobre-o tu.

Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...

Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,

E assim será possível; mas hoje não...

.......................

Amanhã é o dia dos planos.

Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo; Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã....

..........

Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...

Sim, talvez só depois de amanhã...

Os deuses vendem quando dão.

Obrigada Fernando Pessoa,

E para aqueles eruditos ou artistas que dizem "Tanto pessoa já enjooa", não confundimos nós as reacções nem as situações. Isabel da Nóbrega

Wednesday, January 21, 2009

REPOSIÇÃO DO LISTEN TO ME II


LISTEN TO ME II - PP de LX


A estreia foi um sucesso! No TeatroEsfera e agora vamos voltar!

MAIS INFO EM:


Obrigada aos meus colegas do PP dE LX, Durval Lucena e ao nosso encenador

RUI LUÍS BRÁS!
PELA LINDA OPORTUNIDADE!

Pelo amor da Santa... os meninos estão parvos... não percam está oportunidade! óh COISINHOS!!! AHAHAHAH! momento... tenho que atender... TOU???

DA TáTá, a "tia" viciada no telémovel...








Friday, January 09, 2009

LISTEN TO ME II com PEQUENO PALCO DE LISBOA



ESTREIA DA PEÇA:



LISTEN TO ME II



DIAS 14 a 18 DE JANEIRO no TEATROESFERA.



Peça encenada por Rui Luís Brás, com o GRUPO do PEQUENO PALCO DE LISBOA.


Esta peça é muito divertida e representa vários esteriótipos da nossa sociedade!
Desde a Velhota que fala com a televisão para a protagonista da novela, a "Tia" que fala fala fala e não diz nada, o Alucinado que "descobre a verdade" do esquema da vida durante a "moca", o Padre cheio de pecados, uma "Ocupa" que não saí do meio dos acessos da portagem da A5 e que está a ser entrevistada para a T.V., etc.

HORÁRIO:
DE 14 A 18 - 21H30
DIA 18 - 16H30 E 21H30

PREÇO:
5EUROS

Contactos: 21 430 34 04 e 96 422 50 21

O Teatro esfera é na Rua Cidade Desportiva, Monte Abrão, 2745-012 Queluz



APAREÇAM! DIVERSÃO E ALEGRIA NÃO FALTARÁ!

O PEQUENO PALCO DE LISBOA
É um grupo de Teatro formado com o intuito de estimular, atrair, captar novos públicos e fomentar ainda o surgimento de novas dramaturgias.
O Pequeno Palco de Lisboa abriu as cortinas do seu talento numa noite fria de Inverno de 2003 e, desde aí, trabalha afincadamente para que o seu público se divirta e se emocione.
Tem como director artístico o actor e encenador Rui Luís Brás. Contamos também com Durval Lucena, como nosso professor.



DESDE JÁ UM OBRIGADA!!!


Agora o PEQUENO PALCO DE LISBOA volta a cena com:


LISTEN TO ME II