E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida esta vida que temos; E é nela que é preciso procurar o velho paraíso que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
A Viagem de Miguel Torga
2 comments:
..."corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar."
É o que importa, querida Pat!!!
... é lindo, não é? Sim, meu querido, eu sei disso... eu sei...
beijo!
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